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Da síntese das coisas…

Desde a volta à pauta da dialética com o pensamento de Hegel, não há razão para não entendermos e não aceitarmos que, problemas complexos jamais terão soluções simples. Precisamos nos render a um entendimento simples de que a melhor solução para os problemas, inclusive os sociais, é a síntese. Esta é uma posição que pretende justamente encontrar a solução dos problemas fazendo a síntese, isto é, sobrepondo e discutindo as dificuldades, as origens por assim dizer das coisas. É importante aceitar como pressuposto que, para alcançarmos a solução por meio de uma síntese das coisas, é necessário abrir mão da ideia de que necessariamente um lado ganha e outro perde. Não precisa ser assim. Quando a questão envolve a sociedade, o sucesso a ser alcançado reside no fato de que, é possível observar não somente a antologia dos problemas como os próprios problemas de fato, acontecendo em tempo real, ou pelo menos um ponto de vista dos mesmos. Enfim temos que perguntar que atores atuam em...
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Cada Homem um Sacerdote

Cada Homem um Sacerdote Assim como uma equipe de elite recebe uma ou várias missões que são inalienáveis, ou seja, são missões que não podem ser executadas por outros e nem tampouco podem deixar de ser executadas. É exatamente assim que funciona em conosco, homens. Deus deu ao homem uma missão, desde a criação, a tarefa de ser o sacerdote. “O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cultivá-lo e tomar conta dele,” (Gn. 2.15). Está muito claro na Bíblia que NÃO se trata de qualquer tipo de privilégio ou de “patente” mais elevada do homem, em relação à mulher. Aliás esta é uma reclamação muito comum de mulheres cristãs que desejam ter, em seus maridos, a condução espiritual do lar, o apoio e a segurança de um líder. Longe de ser uma missão fácil de ser executada, é a missão que recebemos, e não temos outra alternativa a não ser cumprir a missão. Não podemos transferir para outros nossa responsabilidade; não podemos desistir da missão, embora muitos homens tem desi...

Ceia do Senhor a Mais Alta Celebração da Igreja e da Vida Cristã. Evangelho Segundo João Capítulos 6 e 13

A Ceia do Senhor ao mesmo tempo que é um assunto tão corriqueiro da vida da igreja, não deixa de ser, um dos assuntos mais ignorados pela maioria dos cristãos. Longe de figurar como um tema teológico importante, digno de ser tratado em nossos arraiais, fica a maioria das vezes circunscrito à uns breves momentos de celebração uma vez por mês, na maioria das igrejas. Ninguém duvida porém, que a Ceia do Senhor deveria ser melhor estudada e melhor compreendida, uma vez que o seu alvo principal, a comunhão , frequentemente é quebrada, ou não alcançada. Existem ainda aquelas compreensões a respeito da Ceia, que já percebemos na prática e à luz do Texto Sagrado, estarem equivocas. A principal delas, aquela que faz a Ceia do Senhor parecer um ritual onde, aqueles que participam serão contemplados com algum tipo de força, benefício..., Graça, para usar o termo teológico correto. Não há nada mais nocivo para a vida cristã do que isto. A natureza simbólica da Ceia do Senhor precisa ser ...

Da dependência...

Sabemos muito pouco sobre depender de Deus de verdade. E qualquer cristão com algum tempo de reflexão a respeito de si mesmo, já pode perceber a sensação clara de estar apenas chamando Deus para participar do seu planejamento pessoal, mais ainda, apenas chamando Deus para financiar o projeto. Sim porque pedir que Deus abençoe sem perguntar, se, de fato, é o que ele quer, significa chamá-lo para entrar somente com a Benção, com o capital espiritual. Muitas vezes até citamos o jargão clássico: “Deus colocou no meu coração”, que não necessariamente precisa ser falso, porém, nem sempre é verdadeiro. O que o apóstolo Tiago escreve em tom de advertência, serve muito bem como balizador, para desenvolver um estilo de vida em que verdadeiramente o controle não seja nosso. É o que fica muito claro no capítulo 4.13-17. Vejamos então: 1- Precisamos aprender a planejar com dependência de Deus, não esquecendo que, embora seja próprio da natureza humana planejar, como está em provérbios 16.1; é lit...

E se “Essa gente incômoda” fosse aplicado no vestibular?

Com a poeira baixando, mas ainda em tempo, resolvi escrever algo sobre o famigerado artigo publicado na edição 2550 da revista Veja de 04 de outubro escrito por J. R. Guzzo. A ideia é tentar trazer algum esclarecimento, tarefa que outros também já empreenderam. Assisti alguns vídeos, li outros artigos (a esmagadora maioria em protesto), conversei com pessoas... Toda vez que leio um texto me pergunto logo a seguir: eu entendi o que o texto quis dizer? Antes de considerar o artigo vale dizer que existe toda uma discussão teórica a respeito da interpretação de qualquer texto, e autores que vão de Wittgenstein à Eco, que tratam profundamente sobre o tema. Penso que aqui não seja o caso, devido à proximidade de contexto que os leitores possuem em relação ao texto. Resumindo, basta ler. O famigerado texto, repito, faz referência as querelas recentes em torno da exposição de crianças à uma ‘“arte incomoda”’. Também não cabe discutir se o autor realmente pensa de forma equivalente ao que e...

Deus sorri quando toca em nós

“Deus amou o mundo de tal maneira...” (João 3,16) No olhar de agradecimento No partilhar de cada momento No nascer do sentimento Eu percebi Que Deus sorri Quando toca em nós No que há de mais humano Nessa mulher-oceano Na cabeça sempre um plano Descobre em si, Que Deus sorri Quando toca em nós Nessa doçura da maternidade Coisa linda que tem não idade Que no filho vê sua verdade Exatamente ali Que Deus sorri Quando toca em nós Não é mais a mesma a minha vida E mesmo que esteja exaurida Tornou-se alegria essa batida Dentro de mim, aqui Que Deus sorri Quando toca em nós Eu quero mais A tua paz Sorria pra mim E seja assim Quando toca em nós...! Alessandra Viegas, 07/07/2017 que no encontro me encontrei, Ele está em todo lugar!  

Automanutenção

"Plante seu jardim e decore sua própria alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores". (Jose Luis Borges) Quando entramos em espaços comunitários, ficamos contentes em ver as coisas limpas, arrumadas e conservadas. Sentimo-nos desconfortáveis ao andar por corredores sujos, desviar de buracos, perambular entre paredes por pintar e nos horrorizar com o lixo espalhado. Diante da falta de manutenção, vêm-nos logo sensações de abandono, descaso e desrespeito. Sem abrir mão de nossa indignação, podemos virar o espelho, como se fizéssemos uma "selfie", e perceber o estado em que nos encontramos. Parte do que as pessoas veem em nós, lamentados o superficialismo e o preconceito, pode descrever como estamos por também não fazermos manutenção de nossas vidas. Paramos de ler, de modo que nossa imaginação se empobrece e nosso conhecimento não cresce. Isolamo-nos e perdemos a ca...