"Plante seu jardim e decore sua própria alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores". (Jose Luis Borges)
Quando entramos em espaços comunitários, ficamos contentes em ver as coisas limpas, arrumadas e conservadas.
Sentimo-nos desconfortáveis ao andar por corredores sujos, desviar de buracos, perambular entre paredes por pintar e nos horrorizar com o lixo espalhado.
Diante da falta de manutenção, vêm-nos logo sensações de abandono, descaso e desrespeito.
Sem abrir mão de nossa indignação, podemos virar o espelho, como se fizéssemos uma "selfie", e perceber o estado em que nos encontramos.
Parte do que as pessoas veem em nós, lamentados o superficialismo e o preconceito, pode descrever como estamos por também não fazermos manutenção de nossas vidas.
Paramos de ler, de modo que nossa imaginação se empobrece e nosso conhecimento não cresce.
Isolamo-nos e perdemos a capacidade de proferir palavras profundas e perfumadas.
Afundamo-nos no sedentarismo e fornecemos ferrugem para as articulações que gemem aos movimentos.
Esquecemos de proceder a autorrevisões periódicas em nossa alma e vamos seguindo como se estivéssemos no sentido certo.
Podemos ser mais do que somos. Uma sarça se queima um pouco adiante, Canaã está depois do deserto, Golias pode ser vencido, um corpo caído nos espera perto de Jericó ou a Macedonia precisa de nossa ajuda.
Bom dia!!!
Israel Belo de Azevedo
Para ouvir, toque no link:
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