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Mostrando postagens de 2017

E se “Essa gente incômoda” fosse aplicado no vestibular?

Com a poeira baixando, mas ainda em tempo, resolvi escrever algo sobre o famigerado artigo publicado na edição 2550 da revista Veja de 04 de outubro escrito por J. R. Guzzo. A ideia é tentar trazer algum esclarecimento, tarefa que outros também já empreenderam. Assisti alguns vídeos, li outros artigos (a esmagadora maioria em protesto), conversei com pessoas... Toda vez que leio um texto me pergunto logo a seguir: eu entendi o que o texto quis dizer? Antes de considerar o artigo vale dizer que existe toda uma discussão teórica a respeito da interpretação de qualquer texto, e autores que vão de Wittgenstein à Eco, que tratam profundamente sobre o tema. Penso que aqui não seja o caso, devido à proximidade de contexto que os leitores possuem em relação ao texto. Resumindo, basta ler. O famigerado texto, repito, faz referência as querelas recentes em torno da exposição de crianças à uma ‘“arte incomoda”’. Também não cabe discutir se o autor realmente pensa de forma equivalente ao que e...

Deus sorri quando toca em nós

“Deus amou o mundo de tal maneira...” (João 3,16) No olhar de agradecimento No partilhar de cada momento No nascer do sentimento Eu percebi Que Deus sorri Quando toca em nós No que há de mais humano Nessa mulher-oceano Na cabeça sempre um plano Descobre em si, Que Deus sorri Quando toca em nós Nessa doçura da maternidade Coisa linda que tem não idade Que no filho vê sua verdade Exatamente ali Que Deus sorri Quando toca em nós Não é mais a mesma a minha vida E mesmo que esteja exaurida Tornou-se alegria essa batida Dentro de mim, aqui Que Deus sorri Quando toca em nós Eu quero mais A tua paz Sorria pra mim E seja assim Quando toca em nós...! Alessandra Viegas, 07/07/2017 que no encontro me encontrei, Ele está em todo lugar!  

Automanutenção

"Plante seu jardim e decore sua própria alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores". (Jose Luis Borges) Quando entramos em espaços comunitários, ficamos contentes em ver as coisas limpas, arrumadas e conservadas. Sentimo-nos desconfortáveis ao andar por corredores sujos, desviar de buracos, perambular entre paredes por pintar e nos horrorizar com o lixo espalhado. Diante da falta de manutenção, vêm-nos logo sensações de abandono, descaso e desrespeito. Sem abrir mão de nossa indignação, podemos virar o espelho, como se fizéssemos uma "selfie", e perceber o estado em que nos encontramos. Parte do que as pessoas veem em nós, lamentados o superficialismo e o preconceito, pode descrever como estamos por também não fazermos manutenção de nossas vidas. Paramos de ler, de modo que nossa imaginação se empobrece e nosso conhecimento não cresce. Isolamo-nos e perdemos a ca...

AINDA NÃO É TARDE...

É bem provável que passemos pela vida sem alcançarmos, de fato, a totalidade do que significa nossa própria existência. Daí nossa busca de sentido, propósito, etc. Diante de tal complexidade, recebemos um presente, dado por Deus, a chance de começar; de re-começar. Seja dirigindo-se ao povo ou à um indivíduo, Deus tem insistência em nos conceder o que podemos chamar de possibilidade, de futuro, de estrada para seguir em frente, enfim, possibilidade de continuar começando. Simples como Deus é ele diz: hoje. Hoje te escolho Israel, hoje te escolho Zaqueu... Concluo que nunca é tarde para dar o primeiro passo, mesmo que saído de um cativeiro de longa duração, ou ainda, de uma vida de vantagens, trapaças, desonestidades. Deus olha para cada um de nós e diz: dê o primeiro passo comece agora mesmo! Apenas um único sentimento separa cada um de nós desta realidade. Crer que é assim que funciona. Para Zaqueu bastou descer da árvore e receber Jesus em sua casa, foi o primeiro passo de uma g...

Emoções

É  impossível  exigir  estabilidade  plena  da  energia  psíquica,  pois ela  se  organiza,  se  desorganiza  (caos)  e  se  reorganiza  continuamente.  Não  existem  pessoas  calmas,  alegres,  serenas  sempre. Nem  mesmo  existem  pessoas  ansiosas,  irritadas  e  incoerentes permanentemente. Ninguém  é  emocionalmente  estático,  a  não  ser  que  esteja  morto. Devemos  reagir  e  nos  comportar  sob  determinado  padrão  para  não sermos  instáveis,  mas  este  padrão  sempre  refletirá  uma emoção flutuante. Augusto Cury - do livro: Nunca Desista do seu Sonho.

A liberdade da verdade

"A verdade só é verdade quando levada às últimas consequências. Até lá não é uma verdade; é uma opinião". (Vergílio Ferreira) A verdade é libertadora. Não temos dificuldade em lidar com a verdade sobre o outro, seja boa ou seja ruim. No entanto, temos dificuldade em lidar com a verdade sobre nós mesmos. A boa verdade sobre nós tendemos a amplificar e, até a exagerar, o que já é mentira. Quanto à verdade dolorosa sobre nós mesmos, é natural que a omitamos ou a neguemos, mesmo que saibamos que corresponde aos fatos. Quando nos defendemos, a primeira vítima é a verdade. Fuzilamos a verdade para preservar nossa honra ou o nosso patrimônio. Mesmo que a verdade não se torne pública, ela nos incomoda, levando-nos a gaguejar ou mesmo a gritar, para que as pessoas acreditem em nossa mentira. Trata-se de uma desesperada tentativa de mudar a narrativa sobre a n...

Livre Livro

Livre livro Alessandra Viegas “E [Jesus] segundo o seu costume, levantou-se para ler...” (Lucas 4,16) A liberdade tem um nome: Livro. O ato de ler tem uma qualidade: Livre. Quando ambos se encontram Para uma festa se aprontam:   É a festa na alma! É imaginação dançante! É mente fértil naquela parte tocante Da página que se leu... Eu? Sou toda amor a elas Nas páginas revejo minhas feras Minha paz e minhas guerras Vou de Homero a Clarice E na minha meninice Vou Lobato, vou HQ, vou mangá Como quem a todos quer amar Vejo-me livre. Sinto-me livro. Leio, é sorriso. Liberdade, paraíso. Rio, no dia mundial do livro, 23/04/2017

De que rirá o futuro?

BOM DIA AMIGO, 1908 (Israel Belo de Azevedo) "Logo, todos vocês imortais estarão tão mortos quanto nós!" (Eurípedes) De que rirá o futuro? O que o futuro dirá dos dias que vivemos? Devemos imaginar a resposta sempre que olhamos para o passado. Somos orgulhosos de nossas conquistas tecnológicas, ao ponto de nos perguntarmos como viviam as pessoas  sem os nossos artefatos. Somos vaidosos de nossas propostas intelectuais, ao ponto de chamarmos de "primitivos" os que vieram antes de nós. No fundo, cada época da historia acha que inventou (de novo) a roda. Somos, muitas vezes, como os meninos que julgam seus pais como nada sabendo da vida depois de ouvirem algumas ideias ou lerem algumas poucas páginas de um grosso livro. Esquecemos que o nosso juízo sobre as coisas depende das informações de que dispomos, informações geralmente selecionadas (para que cheguemos a conclusões desejadas pelos outros...